No último Sábado de Aleluia, a tradicional “Malhação do Judas” ganhou contornos controversos no bairro do Uruguai, em Salvador. Integrantes de um grupo ligado ao tráfico local protagonizaram um vídeo onde um boneco batizado de “Alô Juca” foi alvo de disparos de pistola, em um ritual que simboliza a morte de Judas Iscariotes.
O vídeo, amplamente compartilhado nas redes sociais, gerou indignação e preocupação entre os moradores e autoridades locais. Além disso, a escolha do repórter Marcelo Castro como “Judas” do evento causou ainda mais repercussão.
Marcelo Castro, conhecido por seu trabalho na cobertura jornalística de questões sociais e de segurança pública, não comentou diretamente o ocorrido, mas diversos colegas de profissão e entidades ligadas aos direitos humanos repudiaram a associação do repórter a um evento com conotações violentas e criminosas.
As autoridades estão investigando o caso para identificar os responsáveis pelo vídeo e tomar as medidas cabíveis diante da utilização de armas de fogo em um contexto ilegal e perigoso. Enquanto isso, a discussão sobre os limites entre tradição cultural, liberdade de expressão e incitação à violência continua em pauta na sociedade baiana.