O vereador reeleito de Paripiranga, Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira, e Leonardo Fraga Guimarães foram condenados a 14 anos de prisão pelo assassinato do médico no dia 2 de maio de 2014, na cidade baiana. Na ocasião, a vítima foi baleada na cabeça no momento em que saía de uma academia.
O júri popular teve início na terça-feira (3) e terminou na quarta (4), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Alexandre Magno e Leonardo Fraga foram condenados por homicídio qualificado, enquanto um terceiro réu foi absolvido.
O advogado da família do médico, Patrick Di Angelis, explicou que o processo foi transferido para ser julgado na capital baiana por conta de a vítima ser uma figura pública. A viúva de José Carlos, Ivanuzia Andrade, esperava ansiosamente pela condenação.
Conforme denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Leonardo efetuou dois disparos de arma de fogo contra o médico a mando do vereador. Alexandre sentia que sua candidatura para prefeito de Paripiranga seria ameaçada pelo Dr. Zé Carlos, como também era conhecido, que também deveria se candidatar.
O MP classificou a motivação do crime como fútil, o que agravou a pena do mandante. O executor também teve agravação na pena, tendo em vista a emboscada feita para matar o médico, e mediante recompensa que receberia por praticar o crime, com promessas feita pelo vereador.
De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o réu Igor de Menezes Carvalho, que pilotava a moto que conduzia Leonardo no momento do crime, foi absolvido.
Desavenças ou inimizades
A viúva Ivanuzia Andrade relembrou, em entrevista recente ao BNews, o perfil tranquilo do seu marido, que por muitas vezes, era uma espécie de psicólogo para as mulheres que tiveram filhos os quais ele realizou o parto.
“Nós tínhamos adversários políticos, mas nunca tivemos inimigos. Ele era uma pessoa correta demais, honesta, de uma fidelidade incrível com todo mundo. Ele realizou quase 12 mil partos, entre cesarianas e partos normais. Hoje a gente tem clientes nossos, que eram pacientes dele, que não quiseram nem ter filho mais”, contou a viúva.
A mulher também desabafou sobre a esperança de ver a condenação dos envolvidos no crime. “Espero que esses criminosos paguem pelo que fizeram e cumpram suas penas para que a gente possa viver em paz e com o coração melhor”. O casal ficou junto por 11 anos e teve três filhos, que hoje têm idades entre 15 e 24 anos.