Organizadores e músicos do Samba de São Lázaro estão receosos sobre o futuro do evento. Depois da diminuição no horário da festa por conta de denúncias, uma reunião com o vereador Duda Sanches (União Brasil) e representantes da PM, Transalvador e Guarda Civil Metropolitana debaterá soluções para evento. Nada foi definido até o momento.
Neste sábado, 23, diversos perfis que divulgam informações sobre o evento publicaram uma nota afirmando que o samba seria encerrado, assustando o público. “É com muita tristeza que viemos através desta informar o término definitivamente do Samba de São Lázaro”, diz o anúncio.
Thiago da Silva, um dos diretores do Samba, esclareceu ao Portal MASSA! que as publicações foram feitas por páginas não oficiais, e que o evento ainda terá seu futuro decidido.
“Na verdade, a página Te Vi No São Lázaro postou essa publicação na página dele. Não foi a decisão do samba da direção. A gente não decidiu terminar o samba ou não. A gente vai ter reunião terça-feira, que a gente vai decidir. O prefeito me chamou pra conversar. Vão ter todos os órgãos, tanto o Major da 41, tanto o coordenador da Transalvador, e o coordenador do Guarda Municipal. A gente vai chegar a um acordo que seria melhor para as duas partes.”
Redução do horário
Vale lembrar que a festa, que costumava começar às 22h e terminar na manhã seguinte, teve sua duração reduzida para 20h até as 22h30, após denúncias de moradores de prédios nas proximidades e ofício protocolado pelo vereador Duda Sanches à prefeitura por nível elevado de som.
Junto da alteração nos horários a fiscalização da Transalvador se intensificou na região. De acordo com Thiago, na noite desta sexta, 22, agentes exigiram que ambulantes fizessem o teste do bafômetro e cobraram o fim das atividades antes do horário estipulado.
“Eles estão pegando o pé da gente, antes do horário, já estão aqui”, contou.
Klebinho, da banda Oz Favoritos, que costuma tocar no samba, disse que a presença de fiscalização causou receio no pessoal. “O público ficou sem ter espaço para se divertir. Como se fosse um local proibido devido à polícia e guarda municipais”.
Ele ressaltou que a festa ajuda as famílias dos comerciantes que vendem na localidade. “Na verdade, o samba da gente já se tornou uma coisa cultural. Além de ser um samba cultural, é um projeto que ajuda todas as famílias ali que tinham seu sustento. Nunca houve uma confusão”, garantiu.
O Portal MASSA! entrou em contato com o vereador Duda Sanches para maiores esclarecimentos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.