No início do mês, o governo federal anunciou a nova prorrogação do Auxílio Emergencial até dezembro. Na nova configuração do benefício, que recebeu o nome de residual, os beneficiários receberão cotas de R$ 300. No entanto, apesar de o texto da Medida Provisória de extensão já ter sido publicado no Diário Oficial da União (DOU), a decisão ainda depende de aprovação do Congresso Nacional.
Apesar de o governo ter vários aliados na aprovação de redução nas cotas do benefício, há vários parlamentares que defendem a manutenção dos R$ 600. De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se mostrou irritado com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, por conta de uma pesquisa que ele realizou para questionar se o benefício deveria continuar no mesmo valor ou cair 50%. Na ocasião, 82% dos seguidores de Maia apontaram o desejo do programa seguir com o mesmo valor.
Segundo o jornal, Bolsonaro já iniciou uma ofensiva para evitar o risco de alteração na Medida Provisória que reduziu o benefício para R$ 300. Para evitar que o valor do Auxílio Emergencial seja alterado, o Palácio do Planalto fará um monitoramento nas redes sociais dos parlamentares, principalmente integrantes do centrão, para identificar se algum deles defendem um valor acima dos R$ 300 para as novas cotas.
Neste monitoramento, o governo federal tem como objetivo identificar parlamentares que estão indecisos, para salientar sobre a necessidade de manter as novas parcelas em R$ 300.