Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como ‘Peixão’, trocou a figura de chefe do tráfico no Rio de Janeiro por um novo papel: o de líder espiritual dentro de uma facção criminosa. Foragido da Justiça, ele segue no comando do Complexo de Israel, território controlado pelo Terceiro Comando Puro (TCP), na capital fluminense.


De acordo com a colunista do portal Metrópoles, Mirelle Pinheiro, o indivíduo é investigado pela Polícia Federal por crimes brutais cometidos “em nome da fé”. Ele é acusado de torturar e executar adversários e é o traficante mais procurado do Rio de Janeiro.

O grupo organizado faz uma interpretação radical e distorcida da Bíblia, por isso tem levado a Polícia Federal a trabalhar em cima do que seria a prática de violência extrema, além da possibilidade de utilizar a lei antiterrorismo em um contexto religioso no país, cujas penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Toca o terror

O líder do TCP pode ser o primeiro traficante enquadrado por terrorismo no Brasil. Ele usa passagens do Antigo Testamento para justificar sua expansão e confrontos armados, afirmando que seu papel é “libertar” as comunidades de seus inimigos, que incluem o Comando Vermelho, a milícia e as forças de segurança pública.