A Fifa baniu três jogadores brasileiros do futebol e suspendeu outros oito por envolvimento com apostas esportivas. A decisão foi anunciada na segunda-feira (11) pela entidade e atendeu a um pedido da CBF, para que a decisão do STJD seja aplicada a nível mundial e não só no Brasil.

Os envolvidos nessa punição foram aliciados pela quadrilha desmontada pela Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás. Porém, outros brasileiros fora do país que também estão sendo investigados por esse tipo de esquema, como o meia Lucas Paquetá, do West Ham, da Inglaterra; e Luiz Henrique, do Betis, da Espanha.

A dupla foi apontada por possível fraude em um relatório da SportRadar. Segundo o documento, contas associadas a pessoas próximas de Paquetá apostaram que ele e Luiz Henrique seriam punidos com cartões amarelos em jogos de seus times no dia 12 de março, o que aconteceu. As apostam foram feitas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, através do site BetWay, que patrocina o time inglês.

As federações inglesa e espanhola abriram investigações contra eles. Assim como Ygor Catatau, Gabriel Tota e Matheus Phillipe, a dupla pode ser banida do futebol, ou suspensa como os outros oito atletas. Mas isso depende das investigações, do que irá determinar as possíveis punições, se as confederações irão pedir ampliação territorial da pena e se a Fifa irá aceitar que elas sejam estendidas a nível global. As informações são do Globo.

De acordo com Paulo Feuz, diretor da Escola Nacional de Justiça Desportiva e auditor do pleno do STJD, para que haja uma punição como essa, o atleta precisa passar por um processo legal, um julgamento. Ele explicou ao Globo que, caso haja uma punição (de banimento ou suspensão) apesar de ela vir da Justiça Desportiva, não são os tribunais que têm competência para pedir a Fifa que a pena seja ampliada a nível global.

“No nosso caso houve uma determinação do STJD para que a CBF assim o fizesse (pedisse a extensão). O caso do Paquetá está sendo apurado pela Federação Inglesa, então ela teria que fazer a mesma coisa, requisitar a FIFA para dar a extensão internacional da punição”, explicou.