O primeiro semestre de 2024 foi responsável por pouco mais de 30 casos confirmados de MPOX no estado da Bahia. A informação foi divulgada através de boletim epidemiológico obtido pela reportagem do BNews com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).
De acordo com os dados da pasta, entre os dias 1º de janeiro e 1º de junho, a Bahia teve exatamente 100 notificações de possíveis casos da doença. No entanto, deste montante divulgada, foram 36 confirmados posteriormente.
Apesar dos números, o estado ainda não contabilizou nenhuma morte causada pela MPOX desde a primeira notificação da doença, em agosto de 2022. Neste período, por exemplo, o Brasil já teve 16 óbitos em pouco mais de 11 mil casos, enquanto 208 vítimas foram feitas no mundo inteiro nos quase 100 mil casos confirmados.
Ministra da Saúde, Nísia Trindade afirmou nesta quarta-feira (14), que não há motivos para “alarme”, mas sim para “alerta” em relação ao vírus. A fala ocorre após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a doença como uma emergência de saúde global em decorrência do surto ocorrido na África.
“No momento, não há registro de uma grande preocupação, mas várias medidas podem ser tomadas, como alertas para viajantes e uma série de ações que devem ser feitas em situações como esta”, afirmou a ministra.
MPOX foi declarada como emergência devido a preocupações de que uma cepa mais mortal do vírus, o clado Ib, tivesse atingido quatro províncias da África anteriormente não afetadas. Trindade informou que deve instituir um comitê de operações para acompanhar a doença.
“Nós vamos instituir um comitê de operação de emergência envolvendo o Ministério da Saúde, a Anvisa e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Já estávamos acompanhando a situação e tivemos uma reunião de especialistas há duas semanas, desde que os casos começaram a surgir”, complementou.
No ano passado, o Ministério da Saúde distribuiu em torno de 47 mil doses da vacina contra a MPOX para grupos considerados prioritários em todos os estados e no Distrito Federal.