O policial militar e influenciador digital Lázaro Andrade, conhecido nas redes sociais como Alexandre “Tchaca”, foi preso nesta quarta-feira (9) durante a segunda fase da Operação Falsas Promessas, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia. Ele e outro policial são suspeitos de integrar um esquema de rifas fraudulentas usado para lavar dinheiro e financiar o tráfico de drogas. A investigação aponta que o grupo movimentou cerca de R$ 500 milhões.

Conhecido por sua atuação polêmica nas redes sociais, Tchaca já havia se manifestado no mês passado sobre a possibilidade de ser alvo de uma operação. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele alegou estar sofrendo perseguição e que estaria sendo vítima de uma armação.

“Todo mundo que me acompanha sabe das armações, das falcatruas, das perseguições que tentam contra a gente e não foi diferente. Porém, eu vou falar um pouco, não posso falar tudo ainda, mas dependendo das cenas dos próximos capítulos eu largo nome, eu largo tudo… Eu tenho que cair atirando”, disse.

Sem citar nomes, o PM afirmou que teve acesso a informações sobre a investigação desde novembro de 2024: “Recebi uma foto, um print do processo. Um informe de que haveria mandado de busca e apreensão contra mim e outros colegas policiais”, declarou Tchaca.

Reincidência e polêmicas

Essa não é a primeira vez que Alexandre Tchaca se envolve em polêmicas. Em maio de 2024, ele chegou a ser preso por 15 dias, de forma disciplinar, junto a outros PMs influenciadores. À época, a Polícia Militar da Bahia concluiu que os envolvidos violaram preceitos éticos e disciplinares do estatuto da corporação.

Tchaca também é réu no caso da Chacina do Cabula, que deixou 12 mortos em 2015, e chegou a disputar uma vaga na Câmara Municipal de Salvador pelo PSDB.

Operação Falsas Promessas

A primeira fase da Operação Falsas Promessas ocorreu em setembro de 2024 e resultou na prisão de 19 pessoas. Agora, na segunda fase, a Polícia Civil cumpre mais de 20 mandados de prisão e busca e apreensão contra influenciadores e rifeiros envolvidos no esquema. Entre os alvos está o rifeiro Nanam Premiações, que também foi preso nesta quarta-feira, junto com sua esposa.

As investigações seguem em andamento, apurando a ligação do grupo com o tráfico e o uso de perfis em redes sociais para dar aparência de legalidade às atividades ilícitas.

Com informações do Bahia Informa 24 Horas.