A escolha do nome de uma criança para registrar em cartório é um momento importante para os pais. Mas um casal britânico tentou, na Nova Zelândia, registrar o nome do filho como Lúcifer. Conseguiu, mas não foi fácil.
A funcionária que estava encarregada de fazer o registro do bebê não aceitou a sugestão. Ela tentou argumentar com os pais que o filho não teria sucesso na vida com aquele nome.
Já o casal Dan e Mandy Sheldon fizeram uma queixa por terem se sentido mal tratados na ação da cidade de Chesterfield. O pai disse que eles estavam empolgados em registrar o filho com aquele nome, mas a mulher olhou para eles “com desgosto”, segundo pai. O registro foi concedido.
Ele relata que a funcionária disse que se o filho se chamasse Lúcifer, nunca seria capaz de arrumar um emprego e os professores não o ensinariam de bom grado.
O pai tentou explicar para funcionária que eles não eram pessoas religiosas e que Lúcifer, na verdade, significa “portador da Luz” e “manhã” em grego. Mas não deu certo. A funcionária, como uma forma de encerrar o assunto, disse que na Nova Zelândia era ilegal nomear crianças com nomes como aquele. Há uma lista de nomes que não podem ser usados e Lúcifer está nessa lista.
O pai disse que “honestamente apenas achamos o nome bonito, único. não esperávamos ter tanto sofrimento por isso”. Já o conselho do condado de Derbyshire, onde o caso aconteceu, explicou assim: “Pedimos desculpas se eles se sentiram ofendidos, mas é dever dos nossos notários aconselhar nesses assuntos, pois às vezes as pessoas não têm conhecimento de certos significados ou associações em torno de certos nomes”.
No Reino Unido são poucas as restrições para os pais na escolha do nome dos filhos na hora do registro. Mas as autoridades vetam coisas como obscenidades e números. Já na Nova Zelândia, o nome Lúcifer foi adicionado na lista de proibidos em 2013.