O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu, em pronunciamento na última quarta-feira (10), que o auxílio emergencial seja estendido até o fim do ano.
— Esse benefício tem ajudado a compensar a queda da renda do trabalhador, principalmente os mais pobres. Mas ele é muito pouco, precisa ser prolongado enquanto durar a calamidade pública e toda essa crise. Tem que chegar a 100 milhões de pessoas até o fim do ano.
Paim afirmou que existem hoje 14 milhões de pessoas vivendo na extrema miséria no Brasil. O senador lembrou que este é o quinto ano de aumento da miséria, o que traz implicações seriíssimas para o país. Segundo ele, pesquisadores afirmam que o número de crianças pobres pode ficar ainda maior com a pandemia de covid-19, que tende a empurrar mais famílias para a pobreza.
— O adulto tem autonomia que possibilita sair da situação de pobreza, mas a criança não tem. Por isso, uma criança pobre tem probabilidade de chegar na fase adulta muito mais pobre ainda. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que os piores indicadores estão no Nordeste, onde 21% das crianças vivem na miséria.
Para o senador, todo esse cenário está relacionado ao estrangulamento dos programas sociais, em especial ao Bolsa Família, e ao desemprego. Segundo Paim, o governo cortou 158 mil bolsas em março, sendo 61% para o Nordeste.
Paim defende que o governo adote, a partir do ano que vem, um projeto de renda básica e cidadania que atinja todo o povo brasileiro.
Fonte: Agência Senado