Um dos três corpos que foram encontrados no cemitério clandestino em Caieiras, na Grande São Paulo, é do serralheiro José Carlos Profeta dos Santos, de 39 anos, procurado por suspeita de estuprar a enteada de 13 anos, em Araçariguama (SP).
De acordo com a Polícia Civil de Araçariguama, o cemitério foi descoberto no dia 11 de abril durante investigações sobre tráfico de drogas no município de Caieiras.
Na ocasião, com auxílio do Corpo de Bombeiros, foram feitas escavações em dois lugares e encontrados dois corpos em estado avançado de decomposição. O terceiro foi identificado no dia seguinte.
O caso foi registrado como homicídio simples pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) do município e as ossadas encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) de Franco da Rocha (SP), onde foi coletado o material genético do procurado. Os restos mortais ainda não foram liberados pelo IML.
Pedido de ajuda
Em março, o G1 teve acesso a mensagens de celular que mostravam o desespero da adolescente de 13 anos que denunciou o companheiro da mãe por abuso sexual.
De acordo com as mensagens trocadas entre a adolescente e a mãe, a menina se escondeu no banheiro da casa, no bairro Novo Tigrão, após ser abusada.
“Mãe, vem logo, mãe. Ele me ‘coisou’, mãe. Por favor, mãe. Eu estou dentro do banheiro.”
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a mãe da menina tinha iniciado um relacionamento com o suspeito há aproximadamente dois meses. Eles passaram a morar juntos, na casa onde também vivia a adolescente.
Na manhã de 25 de março, a mãe da menina, que é empregada doméstica, saiu para trabalhar. Como o companheiro não estava em casa, ela pediu para a filha avisar assim que ele chegasse.
Minutos depois, a jovem voltou a mandar mensagens para a mãe pedindo para ela terminar o relacionamento e contando sobre o abuso.
Conforme o boletim de ocorrência, a mãe da adolescente voltou para casa e achou a filha trancada no banheiro. O suspeito correu para um matagal próximo e não foi localizado até a identificação por meio do DNA da ossada.
A estudante passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) para identificar as agressões, mas o laudo ainda não foi emitido.