O acúmulo de gordura na região abdominal é uma tendência, principalmente, entre homens, e sim, pode se tornar um problema bastante complicado.
Se você é do tipo que acha barriga de chopp um charme, pare. Sim, é preciso mudar de ideia já. Por quê? O tamanho de sua barriga pode dizer quando você vai morrer.
Dramático? A primeira vista, até pode parecer. Mas, de acordo com um estudo, publicado pela revista online PLOS ONE, é verdade. Além disso, não podemos esquecer que estamos falando de uma pesquisa, na qual dados apontam que essa relação é, sim, verdadeira.
De acordo com o estudo, a técnica A Body Shape Index (ABSI) tornou-se um indicador de mortalidade extremamente eficaz. O ABSI, como explica a pesquisa, é até mais relevante que o Body Mass Index (IMC), medida utilizada para definir a obesidade.
O método de pesquisa para quantificar o risco de morte, associado à obesidade abdominal, foi definido em 2012. Os responsáveis pelo estudo foram o Dr. Nir Krakauer, professor de engenharia civil da Grove School of Engineering, EUA, e seu pai, Dr. Jesse Krakauer.
O estudo
Para chegar a tal conclusão, o caminho, claro, foi árduo. Os primeiros estudos começaram a ser feitos em 1980, na Grã-Bretanha. Entretanto, para se ter tamanha certeza, era preciso desvendar novas informações. Com isso, novas pesquisas foram feitas, entre 1999 e 2004.
A dupla, após analisar os dados adquiridos, comparou casos de mortalidade com o ABSI, o IMC e outros índices que relacionam o peso e as circunferências da cintura e do quadril. Os pesquisadores, então, descobriram que o ABSI pode ser, sim, utilizado como um importante indicador de mortalidade.
Dentre os que participaram do estudo, as pessoas, cuja faixa etária era superior a do ABSI, apresentaram um índice de mortalidade 61% maior do que aqueles que estavam na padrão normal. Além disso, de acordo com os cientistas, 2.203 faziam parte do grupo que os pesquisadores estavam acompanhando.
A equipe analisou dados de 7.011 adultos, com mais de 18 anos. A amostra foi amplamente representativa da população britânica em termos de região, status de emprego, origem nacional e idade.
De acordo com os estudo, as taxas de mortalidade aumentaram 1,13 para cada aumento de desvio padrão no ABSI.
O resultado
Com o resultado do pesquisa, a forma do corpo, especificamente da cintura, tornou-se, agora, um forte indicador do risco de morte entre a população analisada.
Além do Dr. Nir Krakauer e do Dr. Jesse Krakauer, outros pesquisadores realizarem pesquisas semelhantes. Nesse ínterim, os professores Nicolas Danchin e Tabassome Simon, da França, também conseguiram comprovar que o tamanho da barriga tem relação direta, com o aumento do risco de morte em sobreviventes de ataques cardíacos.
De acordo com o professor Simon, uma barriga grande, obesidade e baixo peso estão associados com o maior risco de morte. Ou seja, independentemente se a pessoa é muita magra ou muito gorda, o que não podemos permitir é que a barriga cresça de forma descomunal.
Do ponto de vista destes pesquisadores, o acúmulo de gordura na região da cintura merece uma atenção maior do que sobrepeso e obesidade leve.
Por Fatos Desconhecidos