O cientista Andrew Pollard, um dos criadores da vacina Oxford/AstraZeneca, defendeu que não se pode “vacinar o planeta a cada seis meses” e que doses de reforço contínuas não são uma saída “sustentável”. Para o pesquisador, o correto seria “priorizar os mais vulneráveis”, em vez de vacinar todos os maiores de 12 anos repetidamente.
As declarações foram feitas em entrevista ao jornal The Telegraph, publicada nesta terça-feira (4/1). Na matéria, Pollard expressa que mais evidências são necessárias antes do início de uma campanha de quarta dose, que já foi adotada em Israel para idosos e profissionais de saúde.
Na avaliação de Pollard, “em algum momento, a sociedade terá que se abrir”. Ele admite, porém, que, quando a reabertura ocorrer, “haverá um período de aumento de infecções”, mas ele crê que o “pior já passou” no que diz respeito à pandemia.
O cientista, que também é chefe do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido (JCVI), alertou ainda sobre o perigo da disseminação de informações falsas acerca das vacinas, mesmo em comentários “não intencionais”. Em sua avaliação, declarações de políticos feitas na Europa têm o poder de afetar pessoas até mesmo na África.
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