Mulheres gordas enfrentam falta de opções de tamanhos em camisas de times de futebol na Bahia
Vai ter Gorda organiza ensaio fotográfico para chamar atenção dos clubes
Mulheres gordas que são torcedoras dos times Ba-Vi enfrentam uma dificuldade constante na hora de comprar camisas de futebol: a falta de opções de tamanhos. Essa situação, que para muitos é pontual, para elas é uma rotina. A costureira Daniela Rodrigues, por exemplo, sempre tem que comprar camisas masculinas para ela e a filha, já que as camisas femininas disponíveis estão sempre acima do tamanho G.
Esse problema levou o coletivo ‘Vai ter Gorda’ a organizar um ensaio fotográfico nesta sexta-feira (21) com mulheres gordas uniformizadas com as camisas dos dois times. A intenção é chamar a atenção dos clubes para a necessidade de produzir uniformes pensando também nas mulheres gordas.
Falta de opções nos clubes
Seja no Vitória ou no Bahia, as torcedoras reclamam da disponibilidade de camisas G1, G2 e G3 para mulheres. No caso do Vitória, só há opções até o tamanho G, que não cabem em corpos maiores. No site do clube, há modelos GG, mas que também não comportam todos os corpos. Já no Bahia, é possível encontrar modelos camisas GG e 3G para as mulheres, mas as torcedoras reclamam que esses modelos estão sempre indisponíveis por conta da produção limitada.
Movimento por inclusão de tamanhos nas camisas de futebol femininas
O movimento ‘Vai ter Gorda’ busca incluir as mulheres gordas na torcida de seus times de coração, permitindo que elas tenham acesso a camisas que se adequem aos seus corpos. Além disso, o movimento quer chamar a atenção dos clubes para a importância da produção de uniformes que atendam às diversas medidas corporais, garantindo a inclusão de todas as torcedoras.