Em conversa com o BHAZ nesta sexta-feira (26), o homem, que prefere não se identificar para manter o propósito do projeto, conta que vai estar em Belo Horizonte nas próximas duas semanas. Ele e a esposa vão passear pela capital de carro para contar a história daqueles profissionais que costumam passar despercebidos.
“Eu e minha esposa pensamos em uma forma de ajudar as pessoas e que pudesse inspirar terceiros a fazer o mesmo. A ideia é formar uma corrente em que a gente inicia uma ação do bem para que outras pessoas passam ver e fazer o mesmo. Foi aí que nasceu o Trader do Bem“, explica.
Casal ganha a vida com investimentos
O homem explica que é formado em tecnologia da informação e que por muito tempo atuou na área. Já a esposa é enfermeira de formação, mas, atualmente, os dois vivem apenas com os investimentos na bolsa de valores.
“Eu vivia muito isolado, trabalhando só com computadores o dia inteiro, muito longe do mundo real. Nós então começamos a pensar em unir nossas especialidades em prol de nós mesmos e da sociedade. Em 2019 me senti pronto para viver só do mercado financeiro para colocar em prática esse propósito de vida”, explica.
A partir daquele ano, o investidor passou a viver apenas das operações geradas no mercado financeiro sobre o patrimônio dele. Ele também encontrou um meio de automatizar essas operações – o que, antes, era feito manualmente.
Propósito de vida
A ação do casal já esteve em Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo, Rio das Ostras e, agora, em BH. Além dos trabalhadores, os dois também ajudam instituições sociais das cidades em que visitam. A média mensal de doações é de R$ 5 mil.
“A nossa intenção é realmente cruzar o país de norte a sul. Hoje em dia a gente vive do projeto, ele é o nosso propósito de vida. Não trabalho mais no mercado de tecnologia desde 2018 e minha esposa também já não atua mais na enfermagem. A gente está dedicando todo o nosso tempo ao projeto”, diz ele.
Nas ruas, o casal costumar doar de R$ 100 a R$ 200 por pessoa. O investidor explica que, além de ajudar o próximo, a iniciativa os engradeceu enquanto cidadãos.
“Essas pessoas são vistas como invisíveis pela sociedade. Um catador de recicláveis é como se fosse parte da paisagem. Quando abordo e ofereço dinheiro, eles tomam um susto muito grande. Essas doações fazem bem para nós também. O projeto mudou nossa vida. Hoje temos muito mais contato com problemas sociais”, declarou.