Incidência não é alta, mas é preciso estar atento aos cuidados
Santa Casa de Misericórdia em Cachoeiro de Itapemirim realizou quase 120 atendimentos de urgência em mulheres com doenças urológicas, em 2018.
Uma infecção causada por bactéria atinge grande parte das mulheres podendo levar até a morte se não for tratada. A principal delas é a cistite aguda, que é uma infecção da bexiga. Em segundo lugar vem a pielonefrite, uma infecção nos rins. Na infância, a infecção está relacionada ao hábito de reter a urina e em alguns casos às alterações no desenvolvimento dos órgãos do sistema urinário.
Essa incidência não é alta, mas deve-se sempre estar atento, pois podem gerar problemas irreversíveis se não tratados.
Na juventude e na vida adulta é onde ocorre a maior incidência de infecção urinária e está relacionada principalmente com a atividade sexual e em menor frequência a hábitos de vida e alterações de hábito intestinal. No período de gestação também temos uma maior incidência de infecções urinárias.
Já no período pós-menopausa a causa principal são as alterações hormonais, que modificam toda a anatomia e morfologia da região genital feminina, algumas vezes aumentando a predisposição para a infecção urinária.
Sintomas
De acordo com o urologista da Santa Casa Marcos Kaddoum, os principais sintomas da cistite aguda são: Ardência ou dor ao urinar; maior frequência para ir ao banheiro e diminuição da quantidade de urina; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga ao urinar; dor no “pé da barriga”; e em alguns casos, presença de sangue na urina.
Além disso, alguns pacientes podem apresentar também dor intensa na lombar, febre e calafrios. “As bactérias são os agentes responsáveis pela infecção urinária, dessa forma, o tratamento imediato dessa doença é o uso de antibióticos específicos, prescritos por um médico”.
Ao contrário do que alguns pensam, a infecção pode progredir de forma desfavorável em todos os casos, principalmente naqueles sem tratamento ou com tratamento inadequado. Dessa forma, uma cistite aguda pode se tornar uma pielonefrite, e a pielonefrite pode se tornar uma septicemia, que é a infecção generalizada, e, portanto, causar a morte.
Grupos de risco
Os casos de maior risco são em pessoas com diabetes, obesos mórbidos, idosos, pessoas com doenças ou em uso de medicações imunossupressoras, e pessoas que demoram a procurar tratamento médico.
Ainda segundo Marcos Kaddoum, a infecção urinária é uma doença que pode ser prevenida. “De um modo geral, todos devem seguir algumas recomendações, como: manter-se sempre hidratado, de forma que a urina esteja sempre na coloração amarelo claro. Se a urina está muito amarela ou com odor muito forte, hidrate-se e veja se melhora”, sugeriu.
O médico também alerta para nunca prender a urina: procure urinar antes que a bexiga esteja completamente cheia; trate doenças pré-existentes! Pedra nos rins, diabetes descompensada, obesidade são problemas que quando tratados, diminuem a chance de uma infecção urinária; não se automedique!
A automedicação é uma das principais causas do desenvolvimento de infecção por bactérias resistentes. Infecção por esse tipo de bactérias costuma ser mais difíceis de tratar e mais perigosas. O médico conclui afirmando que procurar um especialista assim que sentir qualquer sintoma é fundamental para ter um diagnóstico correto e começar o tratamento. “O seu médico é a pessoa mais indicada para identificar a provável causa da infecção, e orientar o melhor tratamento”, comentou Marcos.
No ano passado, a Santa Casa de Misericórdia em Cachoeiro de Itapemirim realizou quase 120 atendimentos de urgência em mulheres com doenças urológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).