O idoso de 89 anos que levou mais de 100 picadas de abelhas ao ser atacado por um enxame em Guarujá, no litoral de São Paulo, apresentou piora no quadro de saúde, conforme relatou a família ao G1. O incidente com o aposentado Antonio Sebastião Sobrinho ocorreu na manhã do último dia 1º, enquanto ele ia comprar pão.
O ataque ocorreu entre a Avenida Thiago Ferreira e a Rua Bahia, por volta das 7h. De acordo com familiares do idoso, o incidente aconteceu no momento em que ele parou em uma banca para comprar jornal. Ao receber as ferroadas, ele caiu no chão e pediu por socorro, até ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vicente de Carvalho, onde foram retirados os ferrões.
Após o ataque, Antônio, por conta do quadro de Alzheimer, ficou mais agitado, e a família relata que as crises de esquecimento estão mais fortes. “Ele tinha esses esquecimentos, mas antes ele me ajudava. De manhã, ele comprava pão, jornal, fazia o almoço. Somos só eu e ele. Depois disso que aconteceu, ele está impossível. Ele não para, fica andando pela casa, tirando as coisas da geladeira, dos armários. Ficou com a mente ruim mesmo”, afirma a esposa Nair Maria do Sacramento Sebastião.
A cunhada, Sueli Jorge de Oliveira Sacramento, mora no mesmo quintal do casal de idosos e também notou a piora no quadro do aposentado após o ataque dos insetos. Ela afirma que ele reluta para dormir e agora fala coisas desconexas. Para ela, alguma providência deve ser tomada por parte dos órgãos públicos, para que a colmeia seja retirada do local.
“A gente não está seguro com aquilo ali. Graças a Deus, ele não tem nenhuma doença que pudesse se agravar e leva-lo à morte. Chamamos os bombeiros e eles falaram que não podem fazer nada. Vão esperar alguém morrer?”, questiona.
Posicionamento
Por meio de nota, a Prefeitura de Guarujá informou que o Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) e a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) planejavam a retirada da colmeia na noite desta sexta-feira (3). O processo seria feito preferencialmente no período noturno, para garantir pouca circulação de pessoas no momento. De acordo com os técnicos da Semam, é quando as abelhas tendem a ficar mais calmas.
Ainda conforme o posicionamento, também seria feito o desligamento temporário do fornecimento de energia na região, pois a árvore em que o abrigo se encontra está em contato com a fiação elétrica. A Semam reitera que o processo de retirada, na verdade, é uma transferência da colmeia para uma área segura, e não simplesmente sua destruição.
Ataques em Guarujá
Outros dois ataques de abelhas foram registrados na região de Vicente de Carvalho. No primeiro, que ocorreu no dia 26 de junho, a dona de uma banca, Elizabeth Nituru Emiki, de 62 anos, precisou ser socorrida para uma unidade de saúde após levar dez ferroadas.
No dia 30 de junho, um novo ataque ocorreu e fez com que pedestres deixassem objetos pelas ruas durante a fuga dos insetos. Comerciantes também acabaram fechando as portas dos estabelecimentos para se protegerem das abelhas.
G1