— Eu não tinha nem 20 seguidores no Facebook, era anônimo, mas aconteceu isso aí. Acabou que viralizou, achei interessante — disse José ao EXTRA neste sábado. De manhã (no dia 10), fui para o hospital (fazer a hemodiálise), e às 4h da tarde o carro da funerária passou. Fomos só eu e o motorista (para o enterro). E essa foi a história.
Já órfão de pai desde 1994, ele contou que sua família é “muito pequena e humilde” e seus parentes distantes moram em outros estados, como Minas Gerais e São Paulo.
Na vizinhança, ele e a mãe, professora aposentada, que morreu no último sábado aos 77 anos, não tinham pessoas próximas. Os dois moravam juntos. O autor da publicação destacou o quanto era difícil cuidar da mãe dependente para tudo, da alimentação até se locomover, sem ajudas extras, ainda mais considerando que ele próprio também está doente.
— Cuidava dela com dificuldade. Éramos nós dois aqui. Ela estava acamada fazia mais de um ano. Tinha e osteoporose e gritava de dor. Ela descansou agora. Estou me adaptando.
José afirmou que costumava trabalhar como cabeleireiro, mas parou devido às frequentes sessões de hemodiálise que precisa fazer. O tratamento começou há 11 anos. Por isso, não tem colegas de trabalho que pudessem estar presentes no enterro de sua mãe, disse ele. Quanto aos amigos da mãe, José explicou que “muitos já morreram” ou estão “na mesma situação que ela” estava.
“E agora a tempestade já passou”, escreveu num comentário do post viral.
Repercussão nas redes
Usuários do Facebook deixam mensagens positivas, em sua maioria, para José, o que lhe tem feito se sentir melhor, conforme ele demonstra aos novos seguidores. O filho de dona Maria ressaltou que tem recebido “milhares e milhares de mensagens de carinho”.
“Grande herói. Seu gesto de amor, exemplo de filho. Que Deus te abençoe sempre e conforte seu coração, amigo”, registrou uma pessoa, a quem José respondeu: “Obrigado, irmão. Fiz minha parte, alma lavada, missão cumprida”.