Essa semana, a morte de um homem de 50 anos, na Flórida, levantou um alerta sobre o aumento de casos de uma bactéria carnívora mortal.
Essa semana, a morte de um homem de 50 anos, na Flórida, levantou um alerta sobre o aumento de casos de uma bactéria carnívora mortal. David Ireland começou a apresentar sintomas parecidos aos da gripe, há duas semanas atrás. Ele foi levado às pressas ao hospital cinco dias depois. Além dos sintomas de gripe, o homem começou a reclamar de dores na perna e na virilha. Foi quando os médicos identificaram a infecção, no caso dele, fasceíte necrosante. Essa é uma doença devoradora de carne causada por bactérias presentes na água do mar. A informação é do site Fatos Desconhecidos.
No caso de David, os médicos precisaram remover cerca de 25% da sua pele. Isso na região do tornozelo até o tronco, bumbum e escroto. O procedimento de retirada da pele foi feito em três cirurgias, mas, infelizmente, ele não resistiu a infecção e veio a óbito. E ele não foi a única vítima desse tipo de bactéria esse ano. Em julho de 2019, outro homem morreu depois de contrair fasceíte necrosante, no Condado de Okaloosa, também na Flórida.
Em junho, Lynn Fleming, de 77 anos, morreu de complicações relacionadas ao mesmo tipo de infecção. Casos de fasceíte necrosante também foram relatados em duas crianças e em um homem no Alabama. Todavia, felizmente, todos eles sobreviveram.
Esse tipo de infecção até então era rara nos Estados Unidos, mas um relatório recente sugere que o aumento da temperatura do planeta pode estar por trás desse aumento. Isso porque, com os oceanos mais quentes, maiores são as chances desse tipo de bactéria se espalhar, até mesmo em águas que antes não eram afetadas.
São várias as bactérias que podem causar fasceíte necrosante. No caso específico de David, a bactéria Streptococcus A foi a responsável pela infecção. Mas os outros cinco casos relatados, apenas esse ano, envolveram um tipo diferente de bactéria, a chamada Vibrio vulnificus.
Formas de contagio
As pessoas podem contrair esse tipo de infecção por Vibrio comendo ou manuseando mariscos crus ou nadando em águas contaminadas. Essas infecções podem levar a amputação de membros e até à morte. Do mesmo modo como aconteceu no último caso registrado.
No ano passado, a Dra. Katherine Doktor relatou cinco casos de pessoas expostas à água contaminada na baía de Delaware, ou que comeram caranguejos dessa região.
“Em 2017, vimos três casos de infecções graves da pele, que levantaram algumas bandeiras”, disse Doktor, que é especialista em doenças infecciosas. “Em 2018, vimos mais dois. Esses cinco casos são significativos porque nos oito anos anteriores a 2017, vimos apenas um caso de Vibrio vulnificus em nossa instituição”.
Segundo Doktor, as mudanças climáticas podem ser parcialmente responsáveis pela crescente aparição desse tipo de bactéria mortal. “A bactéria gosta de água morna e salgada”, disse ela.
O ano de 2018 foi o mais quente já registrado para os oceanos da Terra. Então, as águas mais quentes podem estar associadas as alterações na quantidade, distribuição e janelas sazonais desse tipo de bactéria.
Infecções causadas pela bactéria vibrio também foram relatadas na Europa. No ano passado, um homem sul-coreano teve o antebraço esquerdo amputado. Isso, depois de contrair a infecção por comer frutos do mar crus.
Fonte: Fatos Desconhecidos