O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), um dos mais próximos aliados do ex-presidente Michel Temer, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser transferido do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para um presídio em Salvador. A ideia é deixá-lo mais próximo da família, que mora na capital baiana.
A decisão será tomada agora pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Logo após receber o pedido, Fachin solicitou uma série de informações para poder tomar uma decisão, segundo o G1.
Na lista de informações desejadas estão desde se há vaga para Geddel em algum presídio em Salvador até as condições de alojamento na unidade onde porventura houver lugar.
O “bunker dos R$ 51 milhões”
Em maio, a ação penal na qual Geddel é réu no STF entrou na última fase antes do julgamento. O ex-ministro é réu no caso em que a Polícia Federal encontrou em Salvador malas com R$ 51 milhões em um apartamento, que seria um “bunker” do parlamentar para armazenar dinheiro ilícito. Concluída a fase de revisão, Geddel será julgado, podendo ser absolvido ou condenado.
Geddel Vieira Lima comandou a Secretaria de Governo da Presidência da República entre maio e novembro de 2016, no governo Michel Temer. O político baiano está preso desde 2017 na Papuda.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os R$ 51 milhões apreendidos em Salvador têm origem criminosa: propinas da construtora Odebrecht; repasses do operador financeiro Lúcio Funaro; e desvios de políticos do MDB.
Quando o Supremo decidiu abrir a ação penal, o advogado Gamil Foppel apontou falta de provas e de elementos consistentes contra Geddel. A defesa criticou o que chamou de “nulidades” durante o processo, como o fato de o dinheiro ter sido encontrado após denúncia anônima e sem a identificação dos policiais que foram ao apartamento pela primeira vez.