A TV Globo emitiu uma nota nesta terça-feira (26/5), em que denuncia uma “campanha de intimidação” contra o jornalista William Bonner. Comandante do Jornal Nacional, ele tem sofrido ataques: além do uso irregular do CPF do filho no cadastro do auxílio emergencial, o jornalista também foi vítima de ameaças. Bonner recebeu mensagens com informações confidenciais.
“Tanto o jornalista quando a sua filha receberam por WhatsApp em seus telefones pessoais mensagem vinda de um número de Brasília com uma lista de endereços relacionados a ele e os números de CPFs dele, de sua mulher, seus filhos, pai, mãe e irmãos, o que abre a porta para toda sorte de fraudes”, diz a nota. Ao fim, a emissora diz que vai ajudar o jornalista a encontrar os culpados pela divulgação das informações. “A Globo o apoiará para que os autores dessa divulgação de seus dados fiscais, protegidos pela Constituição, sejam encontrados e punidos”, diz.
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RETIRADA
Na segunda-feira (25/5), o Grupo Globo, o jornal Folha de S.Paulo, a Band e outras empresas de comunicação do país decidiram não enviar mais jornalistas para cobrir o Palácio da Alvorada por conta da falta de segurança no local. Os profissionais apontam que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm feito insultos cada vez mais agressivos. Jornalistas e apoiadores são separados por uma grade baixa e uma fita de isolamento.
No entanto, os profissionais de imprensa têm relatado que o grupo bolsonarista não respeita o espaço e os seguranças da Alvorada não tomam nenhuma medida para conter os manifestantes. Procuradas pelo UOL, o SBT informou que ainda não tem uma posição a respeito. A Record disse que seguirá cobrindo. A CNN Brasil não respondeu.
Em nota, a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) elogiou a decisão das empresas que suspenderam a cobertura no Alvorada. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e a Federação Nacional dos Jornalistas cobraram ações de proteção aos profissionais por parte do GSI e da Secom.