Queridinho dos brasileiros, a Dipirona será investigada pela incidência de infecções graves – e até fatais – que vem aumentando na Europa. O comprimido utilizado para tratar dores no corpo e febre apresenta o risco de agranulocitose, que consiste na diminuição dos glóbulos brancos, células que compõem a defesa do organismo.
O alerta foi comunicado pela Agência de Medicamentos da Europa (AME), na última sexta-feira (14). O órgão voltou as atenções para o problema após a Finlândia decidir retirar a Dipirona de circulação, justamente pelas crescentes notificações de casos de agranulocitose no país.
O risco deste efeito colateral já é alertado na bula do medicamento, mas a AME destacou estar preocupada que as medidas em vigor não sejam suficientes para evitar a incidência. “A informação dos vários medicamentos que contêm metamizol lista atualmente a agranulocitose como um efeito secundário raro (que ocorre em até 1 em 1.000 pessoas) ou como um efeito secundário muito raro (que ocorre em até 1 em 10.000 pessoas). As medidas em vigor para minimizar este risco variam entre os países”, diz o comunicado.
Os casos de agranulocitose ainda são raros, porém o Comitê de Segurança europeu vai avaliar o impacto do medicamento na relação benefício-risco e emitirá a recomendação ou não para alteração e/ou suspensão do uso no continente.