Igor Kannário (PSB) teve sua candidatura para vereador de Salvador oficializada nesta segunda-feira (5). O cantor, que se autodenomina “Príncipe do Gueto”, já foi deputado federal entre 2019 e 2023, e vereador da capital soteropolitana de 2017 a 2019. No entanto, decepcionou algumas vezes o povão com decisões que, segundo eles, iam contra sua origem humilde. O MASSA! relembra momentos polêmicos do ‘passarinho’ na política.
Bolsonarista?
Um dos momentos mais marcantes foi em 2019, quando o então deputado do União Brasil votou a favor do texto base da reforma da previdência, que extinguiu a aposentadoria por tempo de contribuição. Com isso, milhares de fãs do cantor se revoltaram e o chamaram de “traidor”. Mesmo com toda a repercussão negativa, ele se manteve favorável ao projeto de lei.
A PEC das Praias, que também gerou diversas polêmicas na sociedade brasileira, sendo considerada uma pauta elitista, foi mais um dos projetos que Kannário votou a favor. O episódio gerou diversos comentários nas redes sociais como: “Igor Kannário se mostrou um desserviço mesmo, né?” e “Kannário não era o príncipe do gueto?”.
Curiosamente, como parlamentar federal – em que ele foi um dos deputados com mais faltas sem justificativa (48) -, Kannário conseguiu receber críticas tanto de seus fãs quanto de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principalmente por suas músicas e seu ‘quebra-pau’ com a PM. Apesar disso, o ‘passarinho’ votou em mais de quatro projetos de pautas do bolsonarismo, como o Pacote Anticrime e a MP da Liberdade Econômica.
Amizade com Netinho
Outro motivo de revolta por parte do gueto é a amizade, nada escondida, entre Kannário e ACM Neto. O cantor, inclusive, afirmou em 2022 que comunicava ao ex-prefeito de Salvador tudo o que ele iria fazer durante o carnaval. O ‘Príncipe do Gueto’ era da base de Neto, mas rompeu e agora faz parte do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Apesar de todas as polêmicas, Kannário afirmou em 2023, quando teoricamente iria largar a política, que não se arrependia do que fez e que as pessoas não sabem o que ocorre nos bastidores.
“Eu tenho convicção do que eu fiz, sou tranquilo em relação a isso. Só em não meter a mão no que é dos outros, só em não participar dessas falcatruas, desvio de verba, me sinto orgulhoso. Tive aprendizados e vi o que eu precisava ver”, avaliou.
*Sob a supervisão do editor Anderson Orrico