Um novo sequenciamento genético sobre o coronavírus realizado na Bahia apontou que 23 linhagens diferentes do SARS-CoV-2 circulam de forma concomitante no estado ao longo do tempo. No entanto, predominou em 85% das amostras a cepa P1, considerada mais agressiva do ponto de vista da transmissibilidade e que pode agravar mais rapidamente.
Foram sequenciados 305 genomas do vírus da Covid 19 até o último dia 19 de junho. Foram nove meses de estudos em que a equipe do Lacen-BA analisou amostras provenientes de pacientes com sintomas de infecção por Covid-19, coletadas nos nove Núcleos Regionais de Saúde do estado: Sul, Leste, Norte, Sudoeste, Oeste, Nordeste, Centro-Norte, Centro-Leste e Extremo Sul. Foram testados genomas de residentes de 121 municípios.
“Os dados sugerem que a mobilidade humana representa um fator crucial para a dispersão do vírus da Covid 19 e das novas variantes, portanto distanciamento social e medida de restrições ainda continuam sendo essenciais para tentarmos minimizar a circulação deste patógeno no Estado e no País”, aponta o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.
Segundo a Sesab, para que sejam gerados novos dados que permitam mais informações sobre a dispersão do vírus no estado serão necessários mais esforços de sequenciamento.
“Enquanto a remessa de vacinas não atinge o ritmo necessário para interromper o ciclo de infecções e reinfecções, medidas como distanciamento social, uso de máscara e higiene frequente das mãos ainda são as melhores formas de frear o contágio e a dispersão do vírus, evitando assim que ele se multiplique e se modifique a cada transmissão, evitando o surgimento de novas cepas”, acrescentou Vilas-Boas.
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