Os trabalhadores informais, pessoas sem assistência social e a população que desistiu de procurar emprego poderá receber vouchers (cupons) por três meses. O anuncio foi feito nesta quarta-feira (18/3) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma transmissão ao vivo ao lado do presidente Bolsonaro.
A medida, que está sendo chamada de “coronavoucher” ou “voucher coronavírus”, consumirá R$ 15 bilhões, sendo R$ 5 bilhões por mês. O valor será equivalente ao do Bolsa Família e começará a ser distribuído nas próximas semanas, segundo a Agência Brasil.
Atualmente, o Bolsa Família paga de R$ 89 a R$ 205 por mês às famílias cadastradas. O valor médio corresponde a R$ 191. Gestantes, lactantes (mães que amamentam) e filhos de até 15 anos de idade recebem, cada um, adicional de R$ 41, até o teto de R$ 205.
O ministro disse que a intenção é amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica criada pela pandemia de coronavírus. Os vouchers poderão ser retirados por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, desde que o beneficiário não receba nenhum benefício social, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O benefício poderá ser retirado na Caixa Econômica Federal, nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou por meio de aplicativo, por quem queira evitar contato físico. O funcionário verificará se a pessoa está no cadastro único. Caso não receba nenhum benefício social, o trabalhador informal poderá retirar o dinheiro.
“Esses trabalhadores informais estão no cadastro único, não estão no Bolsa Família, nem no BPC. É uma turma valente que está sobrevivendo sem ajuda do Estado. Vamos garantir pelo menos recursos para a manutenção básica durante a crise”, declarou o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.