O ano de 2024 registrou altas e baixas na economia brasileira, entre elas a queda em reservas internacionais, que ficaram em US$ 329,7 bilhões e representou um retrocesso de 7,1%, ou seja, US$ 25,3 bilhões, quando comparado ao ano anterior, que marcou US$ 355 bilhões.
As reservas internacionais são um tipo de “poupança” realizada pelo governo em moedas estrangeiras, que servem como um seguro contra possíveis crises externas. Esse recuo registrado em 2024 se deu pela venda de dólares pelo Banco Central no fim do ano, que ficou em 20,07 bilhões.
Outro fator que impactou nessa queda de valores, foi a a venda de US$ 15 bilhões por meio dos chamados leilões de linha, que são uma forma de empréstimo. No entanto, nesse caso, os valores podem retornar para as reservas cambiais.
Tais operações ocorreram em dezembro, momento em que o dólar deu uma disparada e chegou aos R$ 6,17. Esse aumento da moeda norte-americana ocorre, principalmente, por fatores como conflitos internacionais que foram destaque durante a eleição de Donald Trump.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil, refletiu sobre as ações tomadas com a subida do dólar. “Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, uma coisa só, coordenada. Mercado funciona geralmente com posições contrárias, tem alguém comprando e alguém vendendo. Quando o preço de ativo [como o dólar] se mobiliza em uma direção, têm vencedores e perdedores. Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje”, destacou, na ocasião.