A rebelião de presos na Colônia Major César deixou um rastro de destruição e dois agentes penitenciários feridos. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Kleiton Holanda no final da tarde desta terça-feira (2). Segundo ele, pelo menos 200 presos conseguiram fugir durante o motim.
Por volta das 18h, o presidente do Sindicato, que acompanhou de perto a rebelião, informou que 604 presos se encontravam na Major César e o prédio ficou bastante destruído. O sistema de monitoramento do presídio foi atingido pelo fogo durante a rebelião e ficou danificado, segundo agentes. Na confusão, muitos presos fugiram pela mata e BR. A Polícia tenta fazer a captura dos foragidos.
A Secretaria de Justiça ainda não se posicionou sobre os prejuízos causados pelo motim e o número de presos foragidos. Informaram que estão contabilizado a quantidade de detentos que conseguiram fugir.
A rebelião teve início por volta das 15h e ainda não se tem confirmação sobre o motivo da revolta. Há informações de que houve um disparo acidental de arma de fogo por parte de um agente que feriu um preso o que causou a confusão. Segundo o Sindicato pelo menos três armas foram levadas. A capacidade na Major César é de 200 presos e abrigava 604 em regime semi-aberto.
Atualizada às 18h
Presos da Colônia Agrícola Major César, na BR-343, iniciaram uma rebelião na tarde desta terça-feira (2) no horário de visitas. O Cidadeverde.com recebeu a informação de que os presos queimaram uma viatura e feriram a pedradas um agente penitenciário.
Familiares dos detentos informaram que há um preso ferido na nuca e outro com ferimento na perna. Viaturas do BOPE, RONE, Força Tática de Altos e do Corpo de Bombeiros estão na Major César para controlar a situação. Até o momento, não houve confirmação de mortes.
Kleiton Holanda, presidente do Sinpoljuspi, também confirmou que recebeu uma mensagem informando sobre o ocorrido e de que um agente penitenciário estaria ferido.
O sargento Ivanaldo, da Polícia Militar, relatou que a rebelião pode ter sido iniciada porque um agente de segurança estava mexendo na arma quando disparou acidentalmente e atingiu um dos detentos, segundo relatos recebidos, mas que a direção irá apurar. Não há informações sobre esse ferimento nem da gravidade.
“Lá dentro tem muita coisa queimada. Soubemos que ele (agente) estava mexendo na arma e sem querer disparou, tiro acidental, e revoltou os presos, mas a direção do presídio vai averiguar”, disse.
Já os familiares contam que um dos presos estava algeado, pediu por remédios, e que foi negado. E, então, os presos teriam se rebelado. As informações sobre para que era o remédio e a situação do preso não foram divulgados.
Durante a rebelião, presos chegaram a fugir e alguns já foram resgatados; outros voltaram voluntariamente para a Colônia. Não há números oficiais de feridos ou presos foragidos. Também não há confirmações de mais agentes de segurança machucados.
A dona de casa Brenda Sousa estava na visita íntima com o marido, preso há nove meses, quando a rebelião começou e precisou ser escoltada com os demais visitantes. Inicialmente, não havia confirmação de que momento a rebelião teria começado, se antes ou depois da visita.
“Eu estava na sala de visita quando comecei a escutar os tiros. Quando sai da sala já dei de cara com os policias, eu e outras mulheres fomos escoltados para sair do lugar”.
Kleiton Holanda ressaltou que a Colônia Major César possui capacidade para 200 detentos de regime semiaberto, mas, no momento, está com a superlotação de 700 presos.
O Bahia Informa 24h entrou em contado com a Secretaria de Justiça, e aguarda um posicionamento. Não há informações oficiais sobre a causa da rebelião e número de feridos.