Na última quarta-feira, 20, o CEO do Carrefour, o francês Alexandre Bompard, anunciou em suas redes sociais que a rede varejista deixará de adquirir carnes do Mercosul, bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A declaração gerou forte repercussão no Brasil. Em nota, a Associação Baiana de Supermercados (ABASE) repudiou e manifestou preocupação com o posicionamento do Carrefour, que também controla o grupo Atacadão.

“Esse tipo de medida, por parte de um grupo que atua fortemente no mercado brasileiro e baiano, é dotada de protecionismo exarcebado e fere os princípios do livre comércio, da sustentabilidade e cooperação nos níveis nacional e internacional”, escreveu a associação em nota.

Segundo a ABASE, a decisão afeta toda a cadeia produtiva e comercial, além de ser uma ameaça à geração de empregos e à dinamização da economia nos setores produtivos e contribuindo para o aumento da inflação.

“A Bahia, assim como todo o Brasil, possui um forte setor agropecuário, de larga escala, volume de produção e aprimoramento de padrões sanitários. Nosso estado é líder na região Nordeste e o sétimo maior estado produtor de bovinos do país. Diante desse quadro, a ABASE reforça a contraditória posição adotada pelo Carrefour e se solidariza ao setor da agroindústria baiana e brasileira diretamente afetado por essa medida”, concluiu a nota.

A Tarde