Além de ter ocorrido em um motel, o parto da pequena Chloe conseguiu ser mais inusitado: ganhar uma multa por “orgia”. Ao blog Maternar, o casal Priscila Bomfim e Vitor Neves contaram a estranha história, que ocorreu no mês passado em São Paulo.
O plano inicial era que o parto acontecesse em um hospital. Priscila, no entanto, não apresentava dilatação, e o casal tentou achar um local para passar a noite, já que era 7 de setembro, chovia, e havia greve de ônibus na capital paulista.
A noite no motel foi tranquila, com eventuais contrações. Pela manhã, no entanto, o trabalho de parto começou e não deu tempo de voltar para o hospital. Por causa do acontecimento inusitado, o casal teve que pagar 1082 reais pela estadia, a multa por “orgia” — o valor era referente ao número excedente de pessoas no quarto, os pais, a bebê e a equipe média, além da higienização necessária. Confira a história completa:
Após chegar em casa naquela sexta-feira, o pai da pequena Chloe se preparou com a esposa para ir até o hospital: a menina dava sinais de que iria nascer. “Demos entrada no pronto socorro, onde para nossa tristeza, após exame de toque, a Priscila não apresentou dilatação suficiente”, lembra. Uma nova avaliação foi feita após uma espera de duas horas, mas a bebê ainda não estava preparada para chegar. “A equipe sugeriu que retornássemos para casa”. Por sugestão da doula, Priscila e Vitor tentaram encontrar um hotel próximo ao centro médico. O que conseguiram, no entanto, foi apenas um motel. “Até então, tudo certo. Entramos, a Pri foi para a banheira, e durante a noite ocorreram contrações bem espaçadas e irregulares”, conta Vitor.
Pela madrugada, as contrações começaram a ficar mais fortes, até que por volta das 7h, o parto dava sinais de estar próximo. “Minha esposa soltou o primeiro palavrão. Apesar de irregular, a contração já estava mais forte.” A doula precisou ir até o motel, mas não conseguiu chegar a tempo para conduzir o parto de Priscila.
“Minha esposa começou a gritar ‘Vai nascer! Vai nascer.’ Às 9h40, estourou bolsa. Priscila entra no banho, mas começa a sair muito sangue”, relembra Vitor. “No banho, minha esposa se tocou e sentiu Chloe já coroada. Exausta e sem forças, ela caminhou de perna aberta até a cama. Foi quando vi a cabeça da bebê para fora. Que adrenalina!”.
Por meio de uma chamada de vídeo, Neves recebeu as orientações da doula, que só conseguiu chegar mais tarde. “Uma mão segurava o telefone e a outra, abaixo da Pri, esperando a Chloe sair“, conta o pai. “Apesar da tensão, pude ver uma das imagens mais incríveis da vida: era a cabeça toda da minha bonequinha, que já estava prestes a nascer”.
“Pelo telefone a Paula, obstetriz que nos auxiliava, pediu para virá-la e massageá-la. Chloe soltou o seu grito de independência e chorou. Que alívio! Choramos juntos, de felicidade, após o parto”, conta.
“Acho que ela já nasceu fazendo história e fazendo com que esse momento se eternizasse em nossas memórias e mudasse nossas vidas para sempre. Estamos cheios de amor como nunca antes”, finaliza a mãe, Priscila.
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