Dessa forma, ela apresenta maior capacidade de fugir da proteção gerada pelas vacinas. Apesar da alta transmissibilidade, a nova subvariante não se mostrou mais perigosa ou responsável por casos graves de Covid-19

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (13/4) uma nota em que ressaltou que todas as doses de vacina contra Covid-19 distribuídas no Brasil são “seguras e eficazes”. O comunicado surge em meio a dúvidas sobre a segurança da aplicação dos imunizantes AstraZeneca e Janssen por riscos de trombose.

Também nesta quinta (13/4), a Anvisa emitiu um comunicado com tom semelhante para ressaltar a segurança dos imunizantes. “Nenhuma vacina foi proibida ou desautorizada”, disse a agência.

“É perfeitamente normal que algumas das vacinas da primeira geração aplicadas anteriormente sejam substituídas por outros imunizantes, como acontece com outras vacinas atualizadas regularmente”, completa a Anvisa.

Atualmente, as campanhas de vacinação estão focadas no imunizante bivalente da Pfizer, que oferece maior proteção em relação às variantes do vírus original.

Sumiram dos postos?

De acordo com o governo, as vacinas da AstraZeneca e da Janssen seguem como parte do esquema de imunização nacional. O Ministério da Saúde afirma que elas estão “indicadas para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com evidências científicas”.

No entanto, a aplicação desses dois imunizantes diminuiu sensivelmente, correspondendo atualmente a menos de 5 mil doses diárias. No mesmo período do ano passado, essas vacinas somavam quase 200 mil doses aplicadas diariamente.

Segundo a Anvisa, as doses dos dois fabricantes serem menos usadas hoje corresponde a uma atualização da estratégia de imunização contra a Covid.

A agência esclarece que, desde 2020, tem monitorado os potenciais riscos de “ocorrências tromboembólicas com trombocitopenia”, precaução que entrou na bula da AstraZeneca em abril de 2021.

Afinal, vacinas causaram trombose?

Embora o ministério admita que há riscos de eventos trombóticos após a aplicação dos imunizantes, também ressalta que as ocorrências são raras e “ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significantemente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19”.

Um documento publicado no ano passado mostrava que, até abril de 2022, doze pessoas haviam morrido em decorrência de síndromes trombóticas que poderiam ter sido desencadeadas pela vacinação. Nove delas após o uso da vacina AstraZeneca e três após a vacina Janssen. Em metade dos casos analisados, não foi possível estabelecer causa e efeito direto.

Devo me preocupar?

As vacinas Janssen e AstraZeneca são feitas com a mesma tecnologia, de vetor viral. De forma ainda não bem explicada pela ciência, existe a possibilidade de esse tipo de imunizante desencadear trombose, evento que é mais frequente em mulheres.

O efeito adverso, porém, costuma ser apresentado logo após a aplicação e pode aparecer, no máximo, até um mês após a dose aplicada.

Metrópoles