O governo federal cancelou de última hora a reunião que teria com líderes dos caminhoneiros, às vésperas de uma nova paralisação nacional . O encontro aconteceria nesta quinta-feira (28), com integrantes do governo, a Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas e ainda representantes da categoria .
A ideia era tentar evitar a nova greve dos caminhoneiros, prevista para 1º de novembro, ouvindo as principais demandas dos motoristas e tentando chegar a acordos.

A expectativa é que a paralisação dure cerca de 15 dias e se concentre no Porto de Santos, mas também atinja outros estados e estradas pelo Brasil . Os caminhoneiros se revoltam com o preço do diesel, que não para de subir, a política de preços da Petrobras – pautada pelos reajustes internacionais do petróleo – e a tabela do frete.

O presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar na última semana um ‘Auxílio Diesel’ de R$ 400, para cerca de 750 mil caminhoneiros , até o final de 2022. No entanto, a bolsa é vista como insuficiente e incapaz de desmobilizar a categoria, que diz que, com o atual valor do diesel, R$ 400 é muito pouco.

“Caminhoneiro não faz nada com R$ 400, com diesel na média de R$ 4,80. Os R$ 400 propostos pelo presidente não atendem as demandas dos caminhoneiros. Manteremos nossas demandas e greve em 1º de novembro”, afirmou o organizador da paralisação de 2018, Wallace Landim, popularmente conhecido como Chorão.