Brazil's Finance Minister Fernando Haddad speaks next to Brazil's Planning Minister Simone Tebet (out of frame) during a press conference to announce new fiscal rules for the Brazilian economy at the Ministry of Economy in Brasilia on March 30, 2023. (Photo by Sergio Lima / AFP)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou a comentar a proposta do governo federal para substituir o teto de gastos. De acordo com ele, o chamado arcabouço fiscal proposto pela adminstração irá exigir a queda da taxa básica de juros (Selic) –hoje fixada em 13,75% ao ano.

“Isso [plano fiscal] vai exigir, mais do que permitir, uma queda da taxa de juros, porque se as contas estão em ordem, não tem por que pagar um juro tão alto, que é o maior do mundo hoje”, afirmou Haddad em entrevista à BandNews TV.

“Penso que está havendo convergência entre a política fiscal, receitas e despesas, e a monetária, que cuida da inflação e da trajetória da dívida pública”, acrescentou.

A taxa básica de juros (Selic), definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central e tem sido criticada pelo presidente Lula (PT), já que para o governo, o patamar está elevado e vai prejudicar os planos de impulsionar a economia.

A fala de Haddad vai de encontro a declaração de ontem do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que não existe uma relação direta entre o arcabouço fiscal e a queda de juros.

Ainda na entrevista à BandNews, Haddad afirmou que não irá criar novos tributos ou aumentar a taxa dos atuais impostos. “Quando alguém fala que vai aumentar imposto, digo para quem nos assiste ficar tranquilo, não falamos do público geral, falamos de quem não paga. E quem não paga são as maiores empresas brasileiras, é quem colocou em uma lei o que no jargão de Brasília se chama de jabuti”, disse.

O ministro afirma que o ‘jabuti’ fez com que o Brasil não arrecadasse entre R$ 400 e 500 bilhões. Ele ainda disse que a reforma tributária tem com objetivo diminuir os impostos sobre o consumo. “Isso vai favorecer a população que ganha até cinco salários mínimos”, falou.

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