A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça o alerta à população sobre os perigos associados ao uso de câmaras de bronzeamento artificial com lâmpadas ultravioleta (UV). Entre os principais riscos estão câncer de pele, envelhecimento precoce, queimaduras, ferimentos cutâneos, rugas, perda de elasticidade da pele e lesões oculares, como catarata precoce e inflamações na córnea e íris.
De acordo com a Anvisa, os danos causados pelos raios UV-B podem não ser perceptíveis imediatamente, mas têm efeitos cumulativos que podem levar ao desenvolvimento de células cancerosas na pele anos após a exposição. Casos de queimaduras, lesões e câncer de pele relacionados ao uso irregular desses dispositivos são frequentemente noticiados.
Proibição desde 2009
Para proteger a população, a Anvisa proibiu o uso e a comercialização de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos no Brasil desde 2009, por meio da Resolução RDC nº 56/2009. A medida foi baseada em estudos da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou esses dispositivos como cancerígenos para humanos. A decisão teve o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Descumprimento da legislação
Apesar da proibição, algumas Assembleias Legislativas Estaduais e Municipais têm aprovado leis que permitem o uso das câmaras de bronzeamento, desrespeitando a normativa federal. A Anvisa informou que adotará medidas legais contra essas ações, visando proteger a saúde pública e garantir o cumprimento da Resolução RDC nº 56/2009.
A população é orientada a evitar qualquer tipo de exposição a câmaras de bronzeamento artificial, considerando os graves riscos à saúde.
Informe Baiano