Golpes virtuais são um problema recorrente na vida da população mundial, e no caso do Brasil, país onde tecnologias financeiras como o PIX estão cada vez mais presentes, a situação parece se tornar mais severa, com criminosos cada vez mais criando novos métodos para tentar enganar seus alvos.

Geralmente, os criminosos, além de utilizar as tecnologias, também se aproveitam de falhas ou falta de desatenção das vítimas para tornar os golpes críveis, fazendo elas assim entrarem em uma situação em que não perceberam que estão sendo vítimas do crime digital.

“Por mais que esses golpes se mostrem cada vez mais sofisticados, eles normalmente se aproveitam de falhas ou desatenção das vítimas. Assim, todo o cuidado é pouco na utilização da ferramenta, pois, se ela facilita as transações, também facilita os golpes”, alerta Afonso Morais, sócio da Morais Advogados.

Morais acredita que explicando como os golpes ocorrem para a população, as pessoas podem identificar com mais facilidade as situações e tentarem escapar. Com isso, compartilhamos a seguir a lista com os principais golpes financeiros digitais no Brasil.

Falsos funcionários

No golpe do falso funcionário de instituição financeira, a vítima recebe contato passando por funcionário do banco ou empresa financeira oferecendo ajuda para cadastro da chave PIX, ou afirmando a necessidade de realizar algum teste, induzindo à realização de transferência bancária que será feita, na realidade, para a conta do golpista.

Falso sequestro

Essa já é bastante conhecida, mas tudo se tornou mais fácil com o PIX. A pessoa entra em contato com a vítima, afirmando que sequestrou alguém da família e fala que tem um valor a ser pago. A golpista aproveita o desespero da pessoa, e até imita a voz de um familiar, para induzir a realização da transferência.

Golpe do Bug

Esse golpe aproveita da má-fé da vítima, pois espalha em redes sociais (vídeos ou mensagens de WhatsApp, por exemplo), informações de que o PIX está com alguma falha em seu funcionamento (chamado “bug”) e é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Contudo, ao tentar tirar proveito dessa ação, a vítima enviará dinheiro para golpistas.

Phishing

Os ataques de phishing são muito comuns e usam mensagens que aparentam ser reais para que o indivíduo forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões.

Por isso, muito cuidado com qualquer mensagem que receber por e-mail ou por redes sociais, principalmente, as que possuem links suspeitos ou que pedem dados pessoais.

Clonagem de WhatsApp

Outro golpe que vem crescendo com o PIX é o da clonagem do WhatsApp. Neste, os golpistas elaboram uma mensagem no WhatsApp informando falsamente que são de empresas com as quais as vítimas têm relacionamentos ou cadastros ativos. A partir disso, é solicitado o código de segurança, enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.

De posse desse código, é replicada a conta de WhatsApp em outro celular. Com isso, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela e pedindo dinheiro emprestado por transferência via PIX.

Engenharia Social no WhatsApp

No golpe de engenharia social com WhatsApp, o criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais, e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, envia mensagens para contatos, informando que teve de trocar de número devido a algum problema. Assim, aproveita e pede uma transferência via PIX, dizendo estar em alguma emergência.

Como se proteger

Para Morais, alguns cuidados são necessários para que a população consiga se prevenir dessas situações. Em geral, os seguintes passos são recomendados, para uma mitigação efetiva:

  • Estabeleça um limite diário para transferência via Pix no app ou site oficial do seu banco;
  • Realize transações somente no app ou site oficial do seu banco;
  • Certifique-se que o site do banco ou da loja que você está navegando é o correto;
  • Confira se o site em que está navegando é seguro clicando no cadeado que fica na barra de endereço do navegador;
  • Não clique em links ou baixe arquivos de e-mails suspeitos, e sempre confira se o e-mail possui um domínio confiável;
  • Não realize transações financeiras quando estiver conectado em redes públicas como de shoppings e restaurantes;
  • Ao divulgar sua chave Pix para pessoas e empresas que você não tem relação de confiança, prefira informar a chave aleatória em vez da atrelada ao CPF;
  • Ative a autenticação de duas etapas em todos os lugares onde ela está disponível.

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